O ego alimenta a “comparação”; mas podemos eliminar esse hábito e, de quebra, ter força diante do complexo de inferioridade
Vamos falar sobre o complexo de inferioridade? Esse sentimento nos ronda constantemente e muitas vezes nem sabemos o motivo ou origem disso. Uma coisa posso afirmar, sem medo: quando a gente se sente inferior é porque não nos sentimos o suficiente de acordo com o que gostaríamos de ser ou de ter. Simples assim!
Mas, há um ponto a se observar, ainda mais profundo nesse complexo todo: quando eu me sinto inferior, me sinto inferior a alguma coisa ou a alguém. Certo? Porque a inferioridade nasce da comparação – e a comparação é um elemento do Ego.
Eu tenho muito interesse no assunto e estudo profundamente o complexo de inferioridade , inclusive facilitei cursos online sobre o tema, onde ensino a usar o EFT para combatê-la. Mas, tão importante quanto tentar eliminar esse sentimento é reconhecer os seus sintomas, o que nos leva a cair nesse complexo. E, se você quiser uma das causas principais eu repito – a comparação com os outros é uma característica evidente do complexo de inferioridade.
Infelizmente, desde muito cedo aprendemos temos a olhar para nós mesmos e nos comparar com o outro. Essa é uma tendência humana, independente de idade, cultura, sexo.
Quer ver só?
- Ele é mais alto;
- Entre nós duas, ela é mais bonita;
- Eu tenho mais dinheiro que você;
- Eu sou mais estudiosa;
- Não tive pai e mãe como ele;
- Minha pele era mais firme quando eu era mais jovem;
- Ela é mais jovem do que eu e é muito mais segura.
Existem “n” situações em que a comparação grita dentro de nós e nos dá o alerta. Preste atenção: as pessoas com complexo de inferioridade estão sempre perdidas no meio da multidão. Ou, perdida em pensamentos vagos.
Você não é ou não se sente inferior se não houver uma comparação.
Então, para evitar que esse complexo tome conta de nós, precisamos eliminar esse hábito do nosso dia a dia. Não podemos permitir meus olhos em direção ao outro me confunda quando volto para mim. Eu prefiro entender a unicidade de cada e saber que somos sim diferentes, sem melhor ou pior!
Claro que há momentos em que a comparação é válida, mas apenas quando precisamos de parâmetros, como quando precisamos identificar um número, um tamanho, uma cor. Mas não quando estamos tratando de uma vida, especialmente a nossa.
Porém, se a comparação surge para você no dia a dia para te provar que você não tem tanto quanto poderia (seja amor, dinheiro, carinho, amizade, apoio, acolhimento) ou que você está distante daquilo que considera uma meta (como um casamento, um carro novo, uma viagem para o exterior, um cargo com mais status), fique alerta: é o complexo de inferioridade quem está mostrando as suas garras, tentando tomar conta de você!
Então, pare de se comparar. Entenda que você é um ser único, maravilhoso e perfeito do jeito que é.
Se for para comparar, que seja para você constatar o quanto cresceu e desenvolveu. Que seja um posicionamento construtivo, que te leve ao caminho desejado.
Que tal fazer um exercício simples? Olhe para dentro e reflita de verdade:
- Você tem o hábito de comparar com os outros o quanto ganha?
- O quanto você sabe, precisa ser mais do que os outros?
- Soma ou diminui a sua idade com a das pessoas com quem convive?
- Como ou quando você percebe que está se comparando?
- Você deixaria de comparar para ser mais feliz?
Caso você pense, por exemplo, que passou da idade para viver o amor, eu te pergunto: comparado com quem?
Agora você sabe que é o complexo de inferioridade que está gritando que você não merece viver o amor porque merece menos do que pessoas mais jovens. E, o pior: há pessoas mais novas que se sentem inferiores por serem menos maduras do que as mais experientes!
Ou seja: se você permitir a comparação, sempre haverá uma desculpa para justificar qualquer comparação!
Você tem o poder de escolha e pode viver a vida do jeito que você quiser. Nós nascemos para conquistar o que é nosso!
Então, que venha tudo o que é meu. E, receba tudo o que é seu. Assim teremos um mundo de realizações!