A Síndrome da Mulher Invisível

Você se sente invisível?

Quando eu era criança, eu não tinha grandes preocupações. Eu me fantasiava de super heroína, amava meu carro e meu jato imaginários, tinha super poderes e derrotava as forças do mal com a minha equipe de super poderosos. Subia nas árvores sem medo de cair e fazia amigos sem medo dos julgamentos. Eram assim meus dias e eu era invencível.

Eu cresci. Meus tempos de subidas em árvores e super poderes ficaram para trás. No passado também ficou todo esse meu sentimento de invencibilidade. Meu ciclo de amigos diminuiu, mas minhas autocobranças só aumentaram.  E pior: Parece que me tornei invisível.

Não sei dizer em que dia exato eu me deixei para trás, mas lembro de olhar quem eu era e não mais me reconhecer. Desenvolvi o que chamo de Síndrome da Mulher Invisível. É isso. Mudei de Mulher Maravilha para Mulher Invisível. Meu tempo presente tornou-se ausência. Ausência de mim mesma.

Essa negação e invisibilidade fizeram com que tudo e todos fossem importantes. Sempre houve espaço para eu me dedicar ao sonho de alguém, aceitar as opiniões do outro, mas nunca encontro tempo para eu me ver.

Esse relato acima é fictício, mas se parece tanto com a realidade, não é mesmo?!

Infelizmente, muitas mulheres tornaram-se invisíveis em suas próprias vidas.

A idade só contribui para isso: Aos 35, se a mulher não se sente feliz com o que está vivendo, começa a se encolher e a cada ano vai ficando mais sozinha, encolhida dentro de um mundo menor do que poderia desfrutar.

Mas essa é a hora de mudar. Essa é a hora de ser vista! Nunca é tarde para um processo de autoconhecimento, nunca é tarde para deixar de ser invisível. Nunca é tarde para redescobrir a Mulher Maravilha que habita em cada uma de nós.

Chegou a hora de despertar para quem você é e perceber que a jornada de nossas vidas deve ser uma jornada vista. E quando eu digo vista, é vista por nós mesmas, para então podermos ser vistas pelo outro.

Desejo que outras pessoas se libertem de seus cativeiros, de suas senzalas emocionais e tornem-se, enfim, visíveis. Não há razão para você se anular e deixar de preencher o espaço que é seu por merecimento!