Ajuste o ritmo

Não adianta forçar a sua natureza; escolha vivenciar cada experiência no seu ritmo.

Depois do balanço de fim de ano e de estabelecer as metas para o ano novo, é comum vermos muitas pessoas alucinadas em busca de mudanças, transformações e conquistas. Aquela amiga que adere à dieta radical e à malhação desenfreada; a vizinha que decide terminar um relacionamento de anos; o trabalho árduo… Como se tudo precisasse ser resolvido antes mesmo do Carnaval.

correntoajusteorutimoblogmkE você pode pensar: e eu? Será que sigo esses exemplos e mergulho em algo? Ou aproveito essa fase de transição entre o final de um ano e o início do outro para relaxar, espairecer a cabeça, descansar na praia ou sítio no interior? Será que, ao fazer isso, não estrei perdendo o meu tempo?

Eu te digo: não queira andar mais rápido do que pode. Mas também, não pare quando o seu corpo pede para ir. Não adianta tentar queimar 10 kg em um mês de malhação e refeições restritivas. Depois, ficar deitada no sofá, sem qualquer movimento. Se a sua escolha foi perder peso, alguma ação você terá que tomar. Mas na sua própria medida!

Não é interessante como cada um de nós nasce com um ritmo único? Como cada ser vibra de uma forma diferente, como dança de acordo com uma música, com um ritmo específico? Pois então, nada pior do que ser apressado num momento em que nós queremos mesmo é curtir, relaxar, respirar. Também não é justo me fazerem respirar naquele momento em que eu quero mais é explodir.

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Acredite: o melhor caminho é fazer da sua forma. Curtir com o que você pode

Assim é a vida. Embora em alguns momentos nós sejamos obrigados a cumprir uma determinada tarefa, a ceder à pressão do dia a dia, a nos ajustarmos ao status quo por até 24/7 – ou seja, 24 horas por dia, sete dias por semana – também existe o momento de nos (con)centrarmos, ouvirmos o que o nosso corpo está pedindo e atender a esse pedido.

É lógico que a vibração coletiva nos leva à necessidade de adaptação. Porém, você pode se permitir ajustar a vida ao seu redor ao seu próprio ritmo. Que tal aproveitar o período de férias, o recesso no trabalho, o tempo “longe de casa”, nem que seja naquele feriado prolongado, para vibrar da sua própria forma e se permitir ser quem você é? Que tal ir prolongando essa situação aos poucos, até que ela esteja presente em todos os 365 dias do seu ano?

Será que isso é mesmo possível? Ser um pouco mais você mesma, sem deixar que o outro te influencie mais do que você queira que influencie?

A vida é justamente isso: você se permitir viver o que quer, no seu próprio ritmo. Da forma que você quer – e escolhe – viver.

E a grande reflexão é: eu me permito viver?

Miria Kutcher