A TRISTEZA DE FINAL DE ANO

Olhe para os dois lado e veja qual lado da balança tem peso maior.

Particularmente, gosto muito da época do Natal. Da decoração, das luzes, da oportunidade de fazer um balanço do ano e traçar as metas do ano seguinte. Gosto dos encontros de confraternização, das reuniões familiares e de toda a energia que o fim de ano traz. Mas, no meu trabalho como coach – especialmente de relacionamento – e até em conversas com amigas e colegas, percebo que essa época é um verdadeiro desafio para quem quer encontrar alguém, para quem quer viver um amor. Essas mulheres ficam muito mais infelizes, algumas até deprimidas. E a escolha delas é se isolar do mundo. Esse sentimento é muito mais forte e presente do que no restante do ano. A ausência, a solidão, a sensação de não pertencer.

O que acontece é que o final de ano vem com a comemoração. Mais um ano que se acaba, um ano novo que chega. Essa transição, passagem, é positiva.  Traz a celebração com as pessoas que nós amamos e as festas. Porém, o extremo oposto vem junto, a cobrança de que o ano poderia ter sido melhor, as coisas que você tinha como meta, mas não chegou perto de conquistar, as decisões e os planos para o ano novo. Tudo isso dá um buraco na barriga. Muitas vezes não conseguimos nem pensar sobre o que colocar na lista de resolução. Esse desafio de “ano novo”, o tentar mais uma vez o “recomeço”.

Então, esses dois lados, o balanço do ano que passou e as metas a serem traçadas para o próximo ano ficam latentes neste período de confraternização.

 

Escolha qual história contar em 2017

Existe a escolha de cada um, porque todos, nós seres humanos, podemos nos encaixar em ambos os lados – tanto o das conquistas quanto o do fracasso. Mesmo que o ano que se encerra tenha sido o melhor, porque você encontrou o homem da vida, se casou, engravidou, comprou uma casa, está com carro novo, conquistou o trabalho dos sonhos. Mesmo que tenha atingido as suas metas, tenha conquistado muitas coisas novas. Mesmo que tudo isso tenha acontecido, é certo que o ano também trouxe vários desafios. Tanto os desafios quanto as conquistas fazem parte da vida.

E aí eu te pergunto: qual é a diferença entre quem olha apenas para os desafios (e os não sucessos) e quem escolhe olhar para o que aconteceu de positivo?

A resposta é: o foco.

Aquela pessoa que está desanimada no final do ano, que não consegue celebrar, confraternizar e se abrir para as possibilidades do Ano Novo é a que está dando mais importância para o que não foi finalizado. Por outro lado, a pessoa que está celebrando, agradecendo e com força e energia renovadas para o novo, é aquela que consegue, independentemente das conquistas, perceber o quanto cresceu. Mesmo com ou apesar de todos os desafios, fracassos e insucessos que 2016 trouxe ou evidenciou.

 

Celebre!

Então, as minhas dicas para você nesse final de ano são: Que tal encontrar motivos para a celebração? Que tal focar nesses motivos? Que tal identificar, listar e agradecer tudo o que foi bom, o que deu certo? Essa atitude positiva e assertiva te dará forças. Te fará olhar para dentro e ver o quanto você evoluiu, cresceu, amou, acertou, ajudou, colaborou, viveu durante todo o ano.

Assim, todas as pequenas conquistas, todos os pequenos passos que talvez você não esteja enxergando nesse momento vão te ajudar a ter foco no ano novo. E esse foco, a determinação que ele gera, vai te levar a alcançar o seu objetivo.

Perceba que 2017 será um novo jogo, uma nova jornada.

Acredite: sempre é bom renovar!

 

Miria Kutcher